Aqui em meu coração vejo as dores
Como essas dores clamam por meu nome
Elas gritam e se batem, e criam outras dores
É quase como a fome
É insaciável, voraz, agonizante
É capaz de tornar o pranto
Um tanto quanto entediante
Deixe-me aqui, em meu canto
Quero apenas morrer sem ver
O sol de amanhã nascer
A noite escurecer
As incertezas do mundo que crê
Que as dores passem
Que tudo suma, e o que eu penso disso
São olhos brancos e mortos que vivem
Que me vêem como eu não quero ser visto
As minhas dores
Não são entendidas
Só são dores
Porque são vividas.